sexta-feira, 25 de abril de 2008

INFORMAÇÕES GERAIS

Pirenópolis é uma pequena e agradável cidade histórica, fundada em 1727 pelos Bandeirantes. Fica a 150 km de Brasília e a 130 km de Goiânia. Suas atrações são os edifícios históricos de arquitetura colonial, as inúmeras belas cachoeiras e as festas populares tradicionais.
Entre os edifícios coloniais destacam-se a Igreja da Matriz Nossa Senhora do Rosário, a mais antiga do estado de Goiás, construída entre 1728 e 1732. As cachoeiras, em número de mais de vinte, localizam-se num raio de 15 km da cidade.

Fonte da Imagem: http://www.centroeste.com.br/turismo/pirenopolis.htm

Consideramos imperdíveis duas cachoeiras: a do Lázaro e a de Santa Maria (também conhecida como Cachoeira do Inferno), ambas localizadas numa mesma propriedade particular, a Reserva Ecológica Vargem Grande. Dentre as festas populares, destaca-se a Festa do Divino Espírito Santo, que acontece 45 dias após a Semana Santa. A festa, com suas cavalhadas, é considerada uma das maiores atrações folclóricas da América do Sul. Há também a Romaria à Serra dos Pireneus, na 1ª semana de julho.
Outros edifícios históricos, além da Igreja Matriz, incluem a Igreja do Nosso Senhor do Bonfim, de 1750; a Igreja e Museu Nossa Senhora do Carmo; o Teatro Pirenópolis, de 1899; a Casa da Rua Direita, de 1852; e a Fazenda Babilônia, com um belo casarão colonial.
Pirenópolis é tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional.
O Santuário Vaga Fogo, a 6 km da cidade, é um local que abriga grande variedade de pássaros e animais silvestres. Vale a pena ser visitado.
A cidade já se chamou Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte. "Meia Ponte" porque metade de sua ponte (sobre o Rio das Almas) foi levada por uma enchente. Passou a se chamar Pirenópolis em 1890, por estar entre duas grandes elevações que formam a Serra dos Pireneus. Aliás, outro ponto turístico é justamente o pico central dos Pireneus, com 1.385 metros de altura, e que fica a apenas 18 quilômetros.
A cidade é apelidada de "Piri", e muitas vezes é chamada erroneamente de "Pirinópolis".
Informações turísticas mais detalhadas podem ser obtidas junto ao CAT - fone (62) 3331-2633. O posto de atendimento da Secretaria funciona das 08 às 17h, diariamente (inclusive aos sábados e domingos).

CERRADÃO


INTRODUÇÃO

O Cerradão é a uma formação florestal do bioma Cerrado com características esclerofilas (grande ocorrência de órgãos vegetais rijos, principalmente folhas) e xeromórficas (com características como folhas reduzidas, suculência, pilosidade densa ou com cutícula grossa que permitem conservar água e, portanto, suportar condições de seca). Foto: Helci Ferreira

Caracteriza-se pela presença preferencial de espécies que ocorrem no Cerrado sentido restrito e também por espécies de florestas, particularmente as da Mata Seca Semidecídua e da Mata de Galeria não-Inundável. Do ponto de vista fisionômico é uma floresta, mas floristicamente se assemelha mais ao Cerrado sentido restrito.

PRINCÍPAIS CARACTERÍSTICAS

O Cerradão apresenta dossel contínuo e cobertura arbórea que pode oscilar de 50 a 90%, sendo maior na estação chuvosa e menor na seca. A altura média da camada de árvores varia de 8 a 15 metros, proporcionando condições de luminosidade que favorecem a formação de camadas de arbustivas e herbáceas diferenciadas. Embora possa manter um volume constante de folhas nas árvores (padrão denominado perenifólio) o padrão geral é de perda parcial desse volume (ou semidecíduo), sendo que muitas espécies comuns ao Cerrado sentido restrito como Caryocar brasiliense (pequi), Kielmeyera coriacea (pau-santo) e Qualea grandiflora (pau-terra), ou comuns às Matas Secas, como Dilodendron bippinatum e Physocallimma scaberrimum (sega-machado), apresentam queda das folhas em determinados períodos na estação seca. Estes períodos nem sempre são coincidentes com aqueles das populações do Cerrado ou da Mata. A presença de espécies epífitas é reduzida, restringindo-se a algumas bromélias (Billbergia e Tillandsia) e plantas como o cactos conhecido comumente como saborosa (Epiphyllum phyllanthus).

Fonte: http://www.unb.br/fal/galeria_imagens/Mata%20Nativa%20do%20Cerradao.JPG

Em sua maioria, os solos de Cerradão são profundos, bem drenados, de média e baixa fertilidade, ligeiramente ácidos, pertencentes às classes Latossolo Vermelho ou Latossolo Vermelho Amarelo. Também pode ocorrer em proporção menor Cambissolo Distrófico. O teor de matéria orgânica nos horizontes superficiais é médio e recebe um incremento anual de resíduos orgânicos provenientes da deposição de folhas durante a estação seca.

De acordo com a fertilidade do solo o Cerradão pode ser classificado como Cerradão Distrófico (solos pobres) ou Cerradão Mesotrófico (solos mais ricos, ainda que de fertilidade médiana), cada qual possuindo espécies características adaptadas a esses ambientes.

ESPÉCIES DE ÁRVORES MAIS FREQUENTES


Espécies arbóreas mais freqüentes no Cerradão Distrófico: Caryocar brasiliense (pequi), Copaifera langsdorffii (copaíba), Emmotum nitens (sobre, carvalho), Hirtella glandulosa (oiti), Lafoensia pacari (pacari), Siphoneugena densiflora (maria-preta), Vochysia haenkeana (escorrega-macaco) e Xylopia aromatica (pindaíba, pimenta-de-macaco). Alguns autores também mencionam como espécies normalmente encontradas nas áreas distróficas: Agonandra brasiliensis (pau-marfim), Bowdichia virgilioides (sucupira-preta), Dalbergia miscolobium (jacarandá-do-cerrado), Dimorphandra mollis (faveiro), Kielmeyera coriacea (pau-santo), Machaerium opacum (jacarandá-muchiba), Plathymenia reticulata (vinhático), Pterodon emarginatus, P. pubescens (sucupira-branca), Qualea grandiflora (pau-terra-grande) e Sclerolobium paniculatum (carvoeiro).

a) Caryocar brasiliense (Pequi), b) Copaifera langsdorffii (Copaíba)
Fontes: http://www.dcs.ufla.br/morrodoferro/Galeria/MGFoto35.htm
http://www.ambientebrasil.com.br

Espécies arbóreas mais freqüentes no Cerradão Mesotrófico: Callisthene fasciculata (jacaré-da-folha-grande), Dilodendron bipinnatum (maria-pobre), Guazuma ulmifolia (mutamba), Helicteres brevispira (saca-rolha), Luehea candicans, L. paniculata (açoita-cavalo), Magonia pubescens (tinguí) e Platypodium elegans (canzileiro). Em áreas mesotróficas alguns autores ainda incluem Astronium fraxinifolium (gonçalo-alves), Dipteryx alata (baru), Physocallimma scaberrimum (cega-machado), Pseudobombax tomentosum (imbiruçu) e Terminalia argentea (capitão-do-campo).

Dipteryx alata (Baru)
Fonte: http://www.zoonews.com.br/noticias2/noticia.php?idnoticia=84744

Como arbustos mais freqüentes são citados na literatura, entre outras, as espécies Alibertia edulis (marmelada-de-cachorro), A. sessilis, Brosimum gaudichaudii (mama-cadela), Bauhinia brevipes (= B. bongardii; unha-de-vaca), Casearia sylvestris (guaçatonga), Copaifera oblongifolia (pau-d’olinho), Duguetia furfuracea (pinha-do-campo), Miconia albicans (quaresma-branca, folha-branca), M. macrothyrsa, e Rudgea viburnoides (bugre). Alguns autores indicaram também Psychotria hoffmanseggiana, além das gramíneas Aristida longifolia, Echinolaena inflexa (capim-flexinha) e a exótica Melinis minutiflora (capim-gordura). Do estrato herbáceo, foram indicadas como freqüentes, para a região da Chapada dos Veadeiros (GO), gramíneas dos gêneros Aristida, Axonopus, Paspalum e Trachypogon.

Todas as espécies mencionadas podem ser encontradas em outras formações florestais ou savânicas. Em estudo de 1994, que teve como base a vegetação da Chapada Pratinha, a pesquisadora Felfili e sua equipe do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília, não encontraram espécies exclusivas de Cerradão, quer no estrato arbóreo, quer no estrato arbustivo.

ILUSTRAÇÃO

Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de um Cerradão representando uma faixa de 80 m de comprimento por 10 m de largura.
Ilustração: Wellington Cavalcanti

Biociclo Terrestre

Este vídeo tem por objetivo ilustrar as principais características do Biociclo Terrestre.